sexta-feira, 12 de junho de 2009

eu te amo umbilicalmente

caligrafia, fios nos postes são linhas, para mim, escrever é como vestir os meus filhos, herança do grafite, tubo de escrita, apontado com os dentes da frente, eu mudo o incensário de lugar e a fumaça sempre flutua por um corredor no labirinto aberto do ar que me encontra, a fumaça é o ar derretido, sopa para minhas narinas, as roupas estiradas na mesa me levam debaixo dos braços, bebo o segundo gole da minha água que, por medo de altura, não chove e implora pra que as nuvens fiquem por baixo, meu sono faz com que eu desista com calma, na minha mão, lápis, na minha mãe, morte.