eu desenharei a sombra das coisas...

[eclipsecido] e então as minhas palavras trabalham o dia todo como estagiárias do silêncio e quando chegam em casa fotografam a saudade em preto e branco...

eu sou cinza, eu sou uma vírgula, eu sou feio e não tenho talento

.

adie tudo. 

alguém lembrou de mim?
ninguém lembrou de mim.

a esperança é mais triste que a afirmação.

quem sabe as paisagens dos meus sonhos não são o meu modo de não te sonhar? sei eu o que é sonhar para que saiba o que vale a chamar-te o meu sonho? e sei eu se não sou eu o sonho e você a realidade, eu um sonho seu e não você um sonho que eu sonhe? como não te sonhar?

cuando la vida te trata malo, recuérdate que siempre habrá un lugar para ti en el circo.

seu

se eu pudesse nunca mais abria os olhos

porque se tivesse as pálpebras como cortinas fechadas

enxergaria de dentro, pelo abajur das lembranças.

poesia para os vermes

exibindo meus sentimentos mais latentes
espero o aplauso do estalido das lágrimas no chão
estou testemunhando minha própria derrota
sou o facínora, a vítima e o observador
vasculhando o lixo literário,
sou o plágio das cascas de banana da expressão
eu finjo saber que está ruim
eu finjo...
está ruim

é tudo culpa sua
te amar é como assumir a culpa pra mim

.

disseram-me, mais tarde, que minha mãe era bonita, e dizem que, quando mo disseram, eu não disse nada.